...Num dado momento antes de tudo, a Deusa ergueu-se da escuridão e nasceu dela própria... E qual uma flor desabrochou e espargiu seus perfumes, como gotas de orvalho que inundaram o infinito. E assim com seu complemento divino a vida aconteceu...
O primeiro culto da humanidade foi ligado a Deusa Mãe, que se manifestou de várias formas; Isis, Vênus, Ishtar, Iemanjá, Maria, Kuan Yin, Athenas e tantas outras. Todas as deusas com esta gama variada de nomes manifestam os atributos de uma só, a mãe universal, que é mais conhecida entre os humanos como grande Mãe ou grande Deusa.
A mãe universal é a energia da matriz cósmica moldando-se a vários planos de manifestação, influindo diretamente na aplicação do plano divino sobre a Terra. Não se restringe a um ser manifestado como individualidade. Irradia a energia criativa produzindo inteligência e adaptabilidade a matéria, impulsionando o propósito da existência. Em um primeiro instante é o poder da Vontade Suprema ajudando a conceber a forma, seguindo um padrão arquetípico já delineado. É resultado da energia do amor, típica desta manifestação, com um movimento de coesão e agregação de partículas eletrônicas. É o movimento dos pequenos fragmentos de luz que se ligam dando formação à matéria, obedecendo às forças de atração. Da mesma forma, depois que a matéria mais densa já experenciou o programa por ela traçado, manifesta-se a sutilização através de mais duas forças; a de expansão e dispersão. Pelo mesmo poder de vontade, a Mãe Universal descompacta a matéria fluidificando-a para seguir rumo a outros estágios evolutivos. Durante a experiência material, o intuito dessa energia é despertar o amor em toda a sua plenitude, pois ele se torna o elo de ligação entre matéria e espírito induzindo às experiências, com padrões espirituais mais elevados.
Assim é ativada a capacidade criativa do ser, que é inundado pela luz da Mãe universal. Esta energia segue penetrando, em todos os átomos interferindo em sua rota habitual, conduzindo-os a penetrar nos mundos interiores de consciência superior. O movimento dessa energia produz a dissolução das ligações da essência com a forma, rompendo aos poucos as ligações de um passado distante dissolvendo o campo de ilusão, que a matéria física se submete. É também chamado de Espírito Santo no cristianismo.
Da mesma forma planetariamente, essa matriz cósmica manifesta-se como a consciência da mãe do mundo, cujo significado é o kundalini da Terra, ou a força que dá movimento a vida material. É a inteligência que desperta dentro do ser, rumo ao infinito, ativando o conhecimento do espírito que é representado pelo símbolo de uma flor. Esse conhecimento vem de dentro e não pode ser evocado pelas forças externas; como uma flor, ele brota na hora determinada!... Toda vida terrestre e humana tem ligação direta com essa consciência que sintetiza a energia de aspectos mentais e possui o poder de moldar a matéria, purificando, aperfeiçoando e sutilizando-a para que possa expressar ordem, harmonia e beleza. A consciência da mãe do mundo tem estreita ligação e encontra ressonância, com alguns locais sobre o planeta Terra, os quais manifestaram e ainda manifestam suas energias através de um dos arquétipos chamado de Virgem Maria e todos os nomes para ela atribuídos. Por isso, tantas imagens de Maria e tantas outras deusas são projetadas em todos os cantos do mundo. São arquétipos fortemente engendrados na psique humana.
A mulher Maria desempenhou a função de mãe de Jesus, foi a manifestação física potencializada da irradiação da mãe do mundo, cuja função foi formatar o arquétipo primordial da polaridade feminina do universo, sobre o planeta, naquele período. Deixou engendrada na história da humanidade, a sua experiência de amor e entrega, como mãe resoluta e serviçal. Portanto, sua experiência como mulher, embora ainda oculta da maioria dos humanos, foi igual à de todas as outras mulheres do mundo. A única diferença está em que seu filho marcou profundamente a história da humanidade e, por isto um véu de castidade envolveu sua imagem assim como na imagem da mãe de Buda.
Muitas coisas não são reveladas, mas a arqueologia mostra e comprova evidências pelas imagens de pedra, vasos, amuletos e outros tantos objetos com formas femininas que no princípio eram utilizadas para reverenciar a grande deusa. Desta feita, a magia e o encantamento, o culto ao sagrado e divino eram manifestados pelo amor e respeito, equilíbrio e harmonia. A sexualidade, o nascimento, a maternidade eram honradas e as mulheres eram respeitadas como as doadoras da vida, da mesma forma que ainda hoje o são em culturas indígenas preservadas.
Com o passar do tempo o culto intenso ao patriarcado fez a deusa silenciar trazendo um impacto que se arrasta até os dias atuais. As próprias mulheres deixaram-se influenciar por este contexto, perderam o real sentido da feminilidade, que interferiu até mesmo nos ciclos lunares de menstruação. O lado da energia masculina também conhecido em algumas culturas como “Yang” tornou-se tão forte que gerou desequilíbrios internos. A falta e o excesso são fronteiriços, então podem manifestar desequilíbrio. A Deusa em sua imensa sabedoria fingiu dormir a espera do seu renascimento, enquanto com sua mão oculta continuou tecendo o manto de luz sobre os que a evocam. Como tudo está em constante movimento e volta ao mesmo ponto, eis que o macho clama pelo retorno da fêmea. O equilíbrio do universo se faz pela união do masculino e do feminino. Este é o momento.
As evidências são claras, a Grande Deusa se levanta, ela escuta o gritar daqueles que oram e pedem ajuda e se revela em todos os cantos. Os acontecimentos marcam experiências marcantes com muitas mulheres que se identificam com a mãe do mundo ou a sacerdotisa maior dos templos da unificação planetária. É sabiamente importante a identificação com essa energia sejam na forma da sacerdotisa, santa, rainha, deusa ou simplesmente mulheres, todas traduzem a essência da grande mãe. A sensibilidade feminina está sendo convocada a aflorar limpando e fluidificando as amarras impostas por algumas civilizações que utilizavam o poder masculino como a força sobre a terra.
Vocês estão num tempo importantíssimo e cada vez mais é preciso desmistificar o poder feminino que está ancorado no interior das mulheres. Há uma necessidade urgente de remodelagem percebendo que as dificuldades nos relacionamentos com os parceiros afetivos estão em crise, a docilidade e receptividade feminina estão esquecidas. Tanto no homem, quanto na mulher é imprescindível resgatar o movimento e a energia da pureza que foram deixados para traz. É importante aprender a diferenciar o sentido dos reais valores do sexo. Há uma enorme diferença entre sensualidade e sexualidade. A sexualidade está prisioneira dos preconceitos, enquanto a sensualidade está solta e desgovernada. O corpo está ressentido pela falta do sexo prazeroso e libertador da luz da divindade interna. A sexualidade é uma atividade orgânica normal do corpo físico, mental e emocional devendo ser compreendida em todas as suas manifestações. Um chamado interior se faz aos casais para se unirem no amor e no prazer de compartilhar a união sagrada elevando as freqüências vibratórias a níveis superiores de energia. Queremos dizer efetivar o resgate da real função do sexo sobre a terra.
Mulher, a você é dada a oportunidade de ajudar na liberação da energia de inteligência do planeta, assim chamada kundalini. Essa energia é a mãe do mundo na Terra, o aspecto feminino do Criador. Somente este aspecto pode conduzi-la amorosamente a liberação em todo o seu esplendor. O corpo da mulher incorpora a energia da deusa todas as vezes que se entrega ao amor em consciência da sacralidade desse ato. O homem receptivo a ela recebe a vivificação deste aspecto feminino e juntos o casal transcende os limites da consciência humana. Um contato sexual assim vivido, despretensiosamente, por amor e vibração, anula a disputa de poder ou controle e coloca-os como complementos divinos para viver o êxtase. Na unidade de sensações eles transcendem o físico e alinhados ao orgasmo cósmico de seus corpos espirituais, a androginia perfeita se faz como duas libélulas unidas em amor pleno. É neste instante de perfeita interação e plenitude que os portais da memória planetária (akasha) se abrem como tênues fios dourados de vertentes de luz, e ambos, homem e mulher, recebem a grande revelação da luz supraconsciente.
As separações entre os casais estão ancoradas na falta de entrelaçamento das duas energias primordiais do universo. Quando o lado masculino exacerbou o uso do poder afastou a Deusa do contato com a terra e a escuridão se fez na mente humana. A mente racional assumiu o controle e deturpou o verdadeiro sentido de todas as coisas. Apagaram-se assim as estrelas do céu da consciência para dar espaço aos fantasmas das sombras, que tentam invadir o coração do ser humano. E assim arrastados pela ilusão do controle, perderam o referencial, gerando a doença da incredulidade e da ignorância. Perdeu-se então a possibilidade de transformar conhecimento em sabedoria.
Aqui fazemos um chamado que conclama a unificação daqueles que acreditam na possibilidade de enfrentar as diferenças pessoais, vencendo a barreira do orgulho para unir-se em contemplação. Àqueles que são capazes de ouvir o chamado da Deusa recebem uma benção de seus anjos de luz. É tempo de unificar e não separar. Aos poucos os primeiros vislumbres deste despertar mostram que o homem e a mulher estão assumindo o papel cósmico, assim como os símbolos, Adão e Eva descobriram o sagrado no primeiro instante que se tocaram e entregando-se ao amor pleno. Eles copularam despretensiosamente e integrados tornaram-se a partir daquele instante, responsáveis por si mesmos, libertos do domínio dos espíritos de raça que esperavam pacientemente aquele acontecimento. Dando-se conta disso souberam que a nudez era a revelação da totalidade de sua sacralidade. Estar nu é estar consciente da divindade em toda a sua manifestação.
Adão e Eva representam simbolicamente a manifestação do homem e da mulher sobre a face da Terra. Não são dois indivíduos, mas as raças raízes que, como macho e fêmea descobrem a interação das energias do masculino e do feminino. Este acontecimento explica a separação dos sexos acontecida nos tempos Lemurianos que nada tem a ver com a promiscuidade incutida nas literaturas sobre este período. Nos bastidores, do plano divino para o planeta Terra, a genética desempenha papel fundamental no aprimoramento das raças e espécies que aqui se dispuseram vir para formar o homem completo, somatória da união das 12 principais raças estelares que ainda estão sobre este planeta.
O pecado original incutido em toda a humanidade nada mais é do que a maneira mais fácil e lógica de impedir o acasalamento entre homem e mulher, porque se assim o fizerem, em plenitude de entrega e amor, a Kundalini, ou seja, a mãe do mundo, se manifestará dentro deles revelando os mistérios sagrados. Para aqueles que detém o poder e o domínio, não há interesse que isto aconteça. Desta forma, eles estarão novamente livres do campo de ilusão. Quando o conhecimento revela a consciência obviamente, não há porque buscar fora o que sempre esteve dentro de cada indivíduo.
cada mulher terá sempre, assim como Eva, a tarefa mais difícil, mas também a mais gratificante, criar o novo mundo fundamentado no amor da sacerdotisa maior, a grande deusa que rege em seu movimento a dança do equilíbrio e da plenitude, no gozo da união entre o céu e a terra, que copulam na interação de espírito e matéria. Eva, representante arquetípica de todas as mulheres, sentiu a vibração da serpente de fogo em seu corpo e quis compartilhar isso com seu companheiro, a mulher sabia e porque sabia executou a tarefa de abrir os portais da sabedoria maior.
É exatamente agora o momento de plenitude em que a serpente ígnea, a energia psíquica (kundalini) subirá pela coluna espiralando-se, usando esse poder inteligente para alcançar a iluminação, vencendo a treva da ignorância. O levantar da Deusa sugere a mudança dos padrões arcaicos da sociedade, transforma as crenças da mente racional, e alteram os preconceitos. É preciso coragem para quebrar esse encantamento, evitando usar o sexo para disputa ou manipulação. As técnicas são insuficientes, usem a sabedoria interior expressando o sentir, aprendam com as próprias sensações. Utilizem harmoniosamente todos os arquétipos disponíveis para crescimento, personificando as mulheres guerreiras, as santas, as feiticeiras, as místicas e tantas outras, assim serão capazes de enfrentar todos os obstáculos, vencendo as fraquezas, superando todos os momentos difíceis, trazendo a harmonia de volta. Quando o homem da terra aceitar que vive na realidade virtual da vida terrena, ele aprenderá a usar as energias masculina e feminina, de forma mais coerente e equilibrada, assim como era no princípio.
“No templo da Mãe do Mundo somente sentará uma mulher”.
“Sua mão vem traçando suavemente um tênue fio de luz que nunca se interrompe. Ela aguarda pacientemente o momento”.
Marizilda Lopes
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domingo, 8 de junho de 2008
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